Os brinquedos, que desempenham um papel tão importante no desenvolvimento da criança, podem também ser muito perigosos. A cada ano diferentes brinquedos são

produzidos no mundo inteiro por vários fabricantes. No Brasil, o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) realiza uma série de testes para garantir a qualidade e a segurança dos mesmos, porém muitas crianças ainda são atendidas nos serviços de emergência com lesões relacionadas com o uso dos brinquedos.

Como escolher brinquedos:

> Os brinquedos devem ser apropriados à idade, ao interesse e ao nível de habilidade da criança. Um brinquedo que serve para uma criança de mais de oito anos pode ser perigoso para uma que tem três. Crianças com até 3 anos têm tendência a colocar pequenas peças na boca e são mais propensas a engolir ou sofrer engasgos e sufocação. Por isso, os brinquedos não devem ser pequenos e não podem ter partes destacáveis que possam ser colocadas na boca.

> Os materiais utilizados na fabricação dos brinquedos devem ser resistentes, não tóxicos e não inflamáveis.

> Evite brinquedos com pontas ou bordas afiadas, pistolas com projéteis, dardos e flechas, pois podem causar ferimentos de gravidade variável.

> Brinquedos que produzem ruídos acima de 100 decibéis podem prejudicar a audição.

> Brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15 cm devem ser evitados devido ao risco de estrangulamento de crianças pequenas.

> Evite brinquedos com vidros para crianças até 5 anos.

> Brinquedos elétricos podem causar queimaduras. Brinquedos ligados em tomadas, com elementos de aquecimentos, com pilhas e baterias, não são aconselhados para crianças com menos de oito anos. As baterias e pilhas contêm conteúdo corrosivo e podem causar sérios danos ao tubo digestivo quando ingeridas ou sufocação quando aspirados.

Dicas para comprar brinquedos:

> Guie-se pela faixa etária recomendada pelo fabricante;

> Verifique a identificação do fabricante (nome, CGC, endereço);

> As instruções devem ser claras e objetivas e com ilustrações. Produtos importados devem trazer as mesmas informações exigidas para os nacionais, em língua portuguesa, bem como as marcas do Inmetro e do organismo de certificação.

> Observe o número de peças ou regras de montagem, quando for o caso;

> O selo do Inmetro garante que o brinquedo passou por testes que comprovam sua segurança e qualidade.

> Apesar dos preços mais baixos, os brinquedos comercializados por ambulantes geralmente não estão de acordo com as normas de qualidade e segurança, expondo a criança a riscos.

Também não tem nota fiscal ou qualquer informação sobre sua origem, o que dificulta a troca ou qualquer reclamação.

> Cuidados com as falsificações. Etiquetas e rótulos podem conter marcas falsificadas por contrabandistas.

> Na dúvida, ou se notar ausência do selo, denuncie. A ouvidoria do Inmetro atende pelo telefone 0800-285-1818

Outras dicas importantes:

> Inspecione brinquedos novos e velhos regularmente. Conserte ou descarte aqueles que representem riscos.

> Em casa, você pode testar se um brinquedo ou peça de brinquedo é muito pequeno e oferece riscos de engasgo e sufocação para uma criança menor de 3 anos, se a peça couber em um tubinho de filme de máquina fotográfica ou dentro de um tubo com diâmetro interno de 1,25 polegadas e uma profundidade de 1 a 1,25 polegadas.

> Ensine as crianças a guardarem seus brinquedos após a brincadeira para prevenir quedas e outros acidentes. Brinquedos para crianças maiores podem ser perigosos para os menores e devem ser guardados separadamente;

> Ao presentear a criança com bicicletas, patins, patinetes e skates aproveite para ensiná-la sobre segurança na diversão, compre também os equipamentos de segurança: capacete, joelheira, cotoveleira, luvas e buzina.

Brinquedos de locomoção, principalmente bicicletas, estão associados a mais acidentes que qualquer outro grupo de brinquedos.

Saiba mais:

> Quedas e engasgamentos são os principais responsáveis pelos acidentes e mortes relacionados com brinquedos.

> Bexigas/balões de látex, bolinhas de gudes, peças e objetos pequenos representam risco de engasgamento e sufocação.

> Além de escolher brinquedos que não apresentam perigos é importante assegurar-se de que as crianças saibam usá-los e que brincam em locais seguros. A melhor maneira é supervisionar as brincadeiras e até mesmo participar delas. Aproveite este momento para interagir com as crianças e a ensiná-las a dividir e a respeitar regras.

 

Fonte:Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente