Um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Em todo o mundo existe o consenso que obesidade é uma epidemia.

Em 30 anos ( IBGE), o número de  meninos brasileiros acima do peso passou de 4% para 18%. Entre meninas o aumento foi de 7,5% para 15,5%. Já atingiu 6 milhões de jovens brasileiros

A obesidade está associada  a pressão alta, excesso de gordura no sangue, diabetes do tipo II e doenças cardíacas.

Pesquisas brasileiras constaram obesidade  entre escolares (de 7 a 10 anos de idade) variando de 15,7% a 18% apresentavam sobrepeso e obesidade. Os maiores índices de excesso de peso foram encontrados nas instituições de ensino privadas. O percentual de obesidade foi semelhante ao estudo da National Health and Nutricional Examination Survey (1999-2000) nos Estados Unidos da América.

Estudos brasileiros e internacionais constataram que embora existam fatores genéticos, físicos e metabólicos no desenvolvimento da obesidade, o mais importante foi a mudança no estilo de vida e nos hábitos alimentares que estão levando a um aumento significativo na obesidade no Brasil e no mundo.

Outros estudos estão constatando que crianças que se exercitam menos têm mais excesso de peso. Estudos também indicam que  presença da TV, do computador, do video-game nas residências pesquisadas, associada a um baixo consumo de verduras, especialmente entre os jovens, são associados ao desenvolvimento de obesidade infantil, confirmando a forte influência do meio com excesso de peso.

O exemplo dos pais é uma das causas de obesidade infantil, pois influencia diretamente as preferências alimentares das crianças, assim como sua aptidão por atividades físicas.

REGRAS PARA O DESENVOLVIMENTO SAUDÁVEL

O cardápio diário deve conter alimentos de todos os grupos ( leite e derivados, pães e cereais, frutas, verduras feijões, ovos e carnes. Óleos e açucares devem ser usados com moderação. Refrigerantes, salgadinhos, sucos artificiais e outras guloseimas devem ser evitados

Até  os cinco anos a criança deve consumir leite integral ou derivados cerca de três vezes ao dia (necessidades de cálcio). O ideal é que também receba alimentos ricos em ferro (carnes, leguminosas, vegetais verdes folhosos), vitamina A (leite, manteiga,, queijo amarelo, cenoura, milho), vitamina C (laranja, limão, goiaba, abacaxi, repolho),  vitaminas do complexo B (leite, carnes, leguminosas).

Determinar horários regulares para as refeições, NÃO obrigar a criança a comer e não permitir a ingestão de doces e outras guloseimas entre as refeições. É inadequado substituir o almoço e o jantar por lanches. Não utilize comida como recompensa, nem prometer prêmios para crianças que rasparem o prato.

 

Deve ser proibido a criança se alimentar diante da TV, do video-game ou do computador. Vitaminas e fortificantes, só com prescrição e  acompanhamento médico, e em situações especiais. Não insista para que seu médico prescreva estimulantes do apetite, que quase sempre são desnecessários e quando utilizados por períodos longos tem sérios efeitos colaterais.

Fonte: Nutrição de promoção de Saúde do Fleury Medicina e Saúde