“É uma síndrome caracterizada por paroxismos de irritabilidade, agitação e choro, geralmente ao anoitecer, durante pelo menos três horas ao dia, mais de três dias na semana, por pelo menos três semanas, em crianças saudáveis”.
Wessel, MA- Pediatrics
O choro é uma forma de comunicação do bebê. Inclusive quando ele tem cólica, ele chora. Nem sempre é fácil saber exatamente se o choro é devido a uma ou outra causa. Algumas dicas são importantes nesse sentido. O choro ligado à cólica acontece geralmente, entre 2 semanas e três meses O bebê chora intensamente por várias horas seguidas, podendo durar de 2 a 4 horas seguidas. Acontece principalmente no final da tarde ou inicio da noite. A criança parece estar sentindo dor intensa e apresenta um abdome ligeiramente distendido com as pernas flexionadas para cima. Inicia-se no fim do dia e começo da noite. Não cede com medidas habituais. A barriguinha do bebê pode ficar mais tensa e ele pode até encolher as perninhas. Tende a melhorar a partir dos 4 meses de idade. Cólicas ou choro persistente no lactente são muito freqüentes, e apesar de serem transitórias e benignas geram situações familiares de estresse e grande ansiedade, levando ao uso excessivo de medicamentos. As cólicas acontecem em 10-30% das crianças em todo o mundo. Ocasionalmente um alivio temporário pode ocorrer com a eliminação de gases. A Incidência é maior no primeiro filho. Em famílias numerosas diminui a incidência. O risco é levemente maior em crianças desmamadas em relação a crianças amamentadas.Crianças nascidas de parto cesáreo, risco é levemente maior que crianças nascidas de parto normal. O risco de cólica é inversamente proporcional ao grau de escolaridade dos pais. Quanto mais elevado o nível cultural e educacional, maior a incidência de cólicas. O mais importante é estar ciente que a “síndrome de cólica do lactente” é extremamente benigna e costuma desaparecer nos primeiros meses, e que raramente ultrapassa o terceiro mês de vida. Usualmente quando desaparece a ansiedade dos pais o lactente deixa de apresentar os sintomas. É fundamental tranquilizar não só os pais mas também outros membros da família como avós e também os cuidadores. Nenhuma intervenção isolada resultará na resolução imediata do problema, não existe remédio ou terapia miraculosa, e medidas heróicas ou extremas podem mesmo até causar danos à saúde da criança.Assumir uma atitude de tranqüilidade, ponderação, envolvimento.
Em resumo:
- 10-30% das crianças em todo o mundo
- Bebê entre 2 semanas e três meses que chora intensamente por várias horas seguidas, principalmente no final da tarde ou inicio da noite. A criança parece estar sentindo dor intensa e apresenta um abdome ligeiramente distendido com as pernas flexionadas para cima. Ocasionalmente um alivio temporário pode ocorrer com a eliminação de gases.
- incidência maior no primeiro filho. Famílias numerosas diminui a incidência
- risco levemente maior em crianças desmamadas em relação a crianças amamentadas
- crianças nascidas de parto cesáreo, risco levemente maior que crianças nascidas de parto normal
- o risco de cólica é inversamente proporcional ao grau de escolaridade dos pais. Quanto mais elevado o nível cultural e educacional, maior a incidência de cólicas.
- Surge na segunda semana de vida e se intensifica entre a quarta e sexta semana, regridindo gradualmente até o terceiro ou quarto mês de vida
CONDUTA
O mais importante é estar ciente que a “síndrome de cólica do lactente” é extremamente benigna e costuma desaparecer nos primeiros meses, e que raramente ultrapassa o terceiro mês de vida.
Usualmente quando desaparece a ansiedade dos pais o lactente deixa de apresentar os sintomas. É fundamental tranquilizar não só os pais mas também outros membros da família como avós e também os cuidadores
Nenhuma intervenção isolada resultará na resolução imediata do problema, não existe remédio ou terapia miraculosa, e medidas heróicas ou extremas podem mesmo até causar danos à saúde da criança.
Assumir uma atitude de tranqüilidade, ponderação, envolvimento....?????
Intervenção dietética- retirar leite de vaca da alimentação da mãe/filho ???
A duração diária da cólica foi reduzida em apenas 25%, após oito dias de intervenção
A exclusão apenas do leite de vaca não parece ter tanta influência, mas a ingestão excessiva de sucos, frutas cítricas e chocolate parece ter influência em aumentar a incidência de cólicas
Mães que apresentam alergias/ doenças atópicas como asma, dermatite atópicas, eczema e rinite , quando submetidas a dieta de exclusão de leite de vaca têm maior beneficio na redução das cólicas no lactente
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