Embora inúmeras pesquisas ainda estejam sendo desenvolvidas para definir o que realmente seja o autismo, o termo geral mais usado para descrever é :

“Um grupo de transtornos de desenvolvimento do cérebro, conhecido como Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD)”.

Existe um consenso entre os profissionais da área de que o autismo não é diagnosticado em exames laboratoriais.

Podemos notar alguns comportamentos diferentes em uma criança autista, e assim, iniciar um tratamento o mais rápido possível:

* Brinca ou usa brinquedos de forma incomum;

* Dificuldade de se relacionar com outras crianças da mesma idade;

* Choros ou risadas inapropriadas;

* Agitação ou estado de muita passividade, sem expressar reação a nada;

* Sensibilidade a alguns sons (tampa o ouvido a sons altos);

* Apego a objetos diferentes (sacolinha de supermercado, folha ou galho de árvore etc);

* Fica incomodado quando há mudanças em sua rotina;

* Falta de consciência de perigo;

* Repetição involuntária de palavras ou frases que ele ouviu de outra pessoa (ecocalia)

* Movimentos estereotipados (movimento repetitivo caracterizado por manias)

Essas características estão presentes antes dos 3 anos de idade, e atingem 0,6% da população, sendo quatro vezes mais comuns em meninos do que em meninas.

As características do autismo variam de acordo com o cognitivo:

Autismo acompanhados à deficiência intelectual grave- não há desenvolvimento da linguagem, além de repetições acentuadas em seu comportamento e déficit importante na interação social.

Quadros de autismo chamados de Síndrome de Asperger - sem deficiência intelectual, sem atraso significativo na linguagem, com interação social peculiar e sem movimentos repetitivos tão evidentes, porém, ainda sim é chamado de autismo.

As causas do autismo ainda são desconhecidas, mas diversas doenças genéticas foram descritas como sintomas. Problemas cromossômicos e mesmo doenças adquiridas durante a gestação, durante ou após o parto, podem estar associados diretamente ao autismo.

Podemos listar algumas das doenças das mais diferentes ordens que poderão ser responsáveis para um quadro autista:

Infecções pré-natais - rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus; Hipóxia neo-natal (deficiência de oxigênio no cérebro durante o parto);

Infecções pós-natais - herpes;

Espasmos infantis - Síndrome de West (forma grave de epilepsia).

Doenças genéticas – Existe várias, porém, uma das mais comentadas é a fenilcetonúria que é a diminuição ou a falta da enzima fenilalanina (encontrada na alface por exemplo), ela não é processada corretamente no organismo gerando excesso dessa enzima no cérebro.

O tratamento do autismo hoje em dia não está preso em um único tipo de tratamento, hoje existe a proposta de reabilitação que ajuda na mudança de comportamento, na aproximação direta do autista, na comunicação facilitada, em técnicas de integração sensorial e treino auditivo para que ele escute e consiga responder de forma compreensível, mesmo que seja através de símbolos. Esse treino é feito por profissionais da área, como psicólogos.

Dentre os modelos educacionais para o autista, um dos métodos mais importante e conhecido é o método TEACCH, desenvolvido pela Universidade da Carolina do Norte que tem como objetivo oferecer o desenvolvimento adequado e compatível para cada autista. Neste método é trabalhado as atividades na prática para adquirir habilidades, além da independência, desenvolvendo capacidades que permitam maior autonomia possível. Neste modelo, é estabelecido um trabalho terapêutico individual, onde é organizada uma programação diária para a criança autista. O aprendizado parte de objetos concretos e passa gradativamente para modelos simbólicos.

Antigamente o uso de medicamentos desempenhava um papel fundamental no tratamento, (devido à relação que faziam do autismo com os quadros psicóticos do adulto), hoje em dia ele passa a ter a função de apenas aliviar os sintomas do autista para que outras áreas sejam trabalhadas, como a reabilitação e a educação especial, na qual sendo adotadas de maneira correta terá um resultado eficaz.

Fonte: pediatraonline.com.br