Atualmente, muito tem se falado sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas o tema, ainda, gera muitas dúvidas e neste momento é que surgem os mitos sobre o transtorno

As dúvidas são reforçadas por informações incorretas obtidas de fontes não confiáveis e propagadas, deixando de lado as evidências científicas e a dedicação de longo prazo de especialistas e estudiosos que dedicam seus esforços para melhorar a vida de pacientes e familiares.

Dados históricos comprovam que o primeiro registro sobre os sintomas do TDAH foi feito por George Still em 1900. A doença, reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde), é neurobiológica, com alto grau e hereditariedade, e se manifesta através de persistente desatenção e/ou hiperatividade mais frequente e grave do que tipicamente observado em outros indivíduos. 

O diagnóstico é feito exclusivamente por um médico especialista através de entrevista, observação e aplicação de questionário com 18 pontos que segue padrão adotado da DSM-IV-TR. Os prejuízos causados pelos sintomas precisam estar presentes em dois ou mais ambientes (social, afetivo, familiar, escolar e/ou profissional) para que se confirme o diagnóstico.

São incontestáveis as consequências de quem sofre com o transtorno e não recebe o tratamento adequado. E não se trata de boa ou má educação. Um portador do TDAH apresenta sintomas de hiperatividade e/ou desatenção, a criança tem dificuldade em manter a atenção especialmente em atividades que exijam raciocínio ou leitura, em concluir tarefas e atividades, em se organizar. Tem dificuldade em permanecer sentada, é inquieta e tem dificuldade em aguardar a sua vez. Estes sintomas frequentemente interferem no processo de aprendizagem e no relacionamento com amigos e com a família.

No entanto, não são suficientes para um diagnóstico e apenas um médico especialista pode realizá-lo e só ele pode avaliar qual o tratamento mais adequado. O transtorno não tem cura, porém pode ser controlado por meio de tratamento multimodal que envolve medicamento e consultas psicoterápicas, além de orientações aos pais e professores.

Instituições como a ABDA (Associação Brasileira de Déficit de Atenção) reúnem informações oficiais sobre os mais diversos aspectos que possam pairar sobre transtorno. Vale ressaltar que cerca de 3 a 5% das crianças sofrem de TDAH. Nos EUA, cerca de 4,4 milhões de crianças com idades entre 4 a 17 anos foram diagnosticadas em algum momento de suas vidas, de acordo com os Centros dos EUA para Controle de Doenças e Prevenção (CDC). No mundo, estima-se que 5% das crianças possuem o transtorno com prevalência semelhante em diferentes culturas e regiões do planeta. 

Fonte: www.incorporativa.com.br. Em 11/06/2011